O filme Human, realizado por Yann Arthus-Bertrand, e cuja data de estreia foi em 12 de setembro de 2015, é constituído por vários depoimentos de pessoas que sofreram perante as situações trágicas que se atravessaram nas suas vidas. O depoimento que me foi atribuído foi de Angelique, mulher do Ruanda.
	Casada com o homem que escolheu como marido, conta que nessa altura a etnia dos noivos não era importante, bastava amar uma pessoa e querer fundar uma família com ela. Infelizmente, a família de Angelique foi vítima do genocídio de 1994, em que os Hutus, após um golpe de Estado, mataram barbaramente os Tutsis, tendo o seu marido e alguns dos seus filhos sido assassinados em frente aos olhos dela. Apesar da sua dor e desespero, Angelique tentou voltar a ter uma vida dita normal, ao apoiar, ouvir e procurar forças para ajudar pessoas que, como ela, também tinham sido vítimas dessa atrocidade. Achava que eram menos afortunados, que tinham sofrido mais do que ela, além dos seus filhos sobreviventes, adotou crianças de outras vítimas do genocídio.  
	A protagonista, além de ajudar outras vítimas, teve a coragem de perdoar aos homens que assassinaram seus filhos e marido, foi capaz de testemunhar em tribunal a favor de um deles, para que ele escapasse a prisão perpétua, pedindo ao juiz para lhe perdoar uma vez que ele tinha contado a verdade. 
	Atualmente temos ouvido falar nas notícias do genocídio arménio que aconteceu no início do século XX, uma vez que o Presidente da América declarou que considerava “genocídio” o massacre ao povo arménio pelos Otomanos (Turcos), o que tem levado a situações de desconforto político entre as relações desses países.
	Gostei muito do testemunho que me foi atribuído, senti que de alguma forma tinha sido escolhido para mim, gosto muito de ler livros que retratam histórias verídicas. Passei a sentir uma grande admiração pela Angelique que, apesar das desgraças pelo qual está a passar, conseguiu encontrar de reerguer a sua vida, ajudar os outros e perdoar os assassinos que lhe causaram tanta dor. Isso obriga-nos a muita reflexão. O que faríamos nós nessa situação? Teríamos a hombridade de perdoar? Não sei se eu seria capaz.

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